sábado, 21 de julho de 2007

À de aguado como o vento em mar salgado
As nuvens se as há são duras como os dentes de quem os tem
Como somar sem haver desgosto a soprar
Então não somos todos moles como a carne transportada
Pedi um piano, o número de pernas não interessa
Se tocar só as teclas me adormecem
Quando despertar já as andorinhas deixaram os fios
Baloiçam, mesmo assim as conversas flúem
Viver, padeço desse mal adocicado
Umas vezes é a vida de alguém, outras desconheço
Mas é preciso, talvez, quem sabe – desconheço
Bendita a água, a dos rios, com as lágrimas salgadas não deixam de ser doces
Também elas seguem o sal do vento em mar salgado.
No caminho encontram pedras ou por vezes entre as pedras encontram caminho
Continua o sol secando quem se atreve, enfrentando-o
Desfez a vez ao deixar passar
Quando há educação não perder é vinculo não posição
Correi então ao mar deixai para trás quem padece e vos liberta, se é na dor que voa a liberdade soltai-vos pois e gritai a dor que aprisiona de mão aberta.

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