A Coragem não tem sexo
Era uma vez uma casa pequena e confortável mínima defronte a um abraço mas superior perante uma despedida, as paredes ilusóriamente caiadas , o tecto de telha simples vermelha.
Em ambas as frentes um par de janelas e duas portas permanentemente abertas. Casa cheia de luz amarela e calor sufocante, cheiro a pinho liberto do íntimo e meigo chão de madeira.
Luz, oferta do sol. Este sempre do alto da sua glória teima em não se esconder, sempre luz, sempre quente, sempre presente.
A vista perde-se no campo de flores silvestres que no seu declive acentuado vai tombando sobre o "Lago dos Sonhos", água em tons de verde como a erva dos campos, cristalina e doce lembrando uma medusa em busca de caminho para percorrer,
calma como Buda sem reflexos na superfície da sua existência.
Só a imagem dos humanos se espelha na pureza destas águas temidas,
-Diz a lenda que quem no lago mergulhe mil anos de vida terrena lhe são concedidos sendo que a imagem desse alguém imediatamente desponta na superfície da água dos Sonhos fechando-lhe para sempre as portas do inferno.
Duas macieiras, uma laranjeira, um castanheiro e várias cerejeiras bordeavam o lago do lado oposto à casa, árvores já de idade mas com frutos sempre novos; anjos em figura de fruta como por lá se dizia.
No horizonte, defronte à apelativa casa, nascia o infinito vermelho do odiado inferno, lugar onde já todos os humanos nasciam proibidos de olhar, ninguém por mais protecção que trajasse resistiria à luz que a ele levava.
Como a lenda estava já com a idade da própria casa, dois mil anos de antiguidade, dois mil anos de expectativa, tinham sido muitos a aproximar-se da porta e tantos outros assomaram às janelas mas ninguém no seu perfeito juízo se atreveu a entrar, por mais que a porta se abrisse, por mais que as janelas se desfraldassem, humano algum entrava na busca dos mil anos a que tinha direito.
Os olhos podiam percorrer o interior da casa, podiam perder-se no tecto, podiam encontrar as paredes, mas todos se desviavam quando atrevidamente buscavam ir além do arvoredo, antes do atrevimento já estariam a ver o horizonte do inferno, gerava pânico, provocava temor.
Vede então, que numa manhã do lado da casa onde o sol se punha, para dar brilho e existência humana à companheira lua , uma senhora não mais nova que as casadas nem tão velha quanto as solteiras, se abeira da porta cuja luz ofuscava a da própria manhã, e com medo na alma mas coragem no coração, ultrapassa a barreira até aí intransponível do limiar da porta, desaparecendo de seguida engolida pela luz amarela e quente do sol egoísta.
Muitos semelhantes a viram, repreenderam, gritavam:
- Não entres que te come o inferno. Não feches os olhos ou caminhes de costas que é em vão, não tragas a desgraça e a dor à comunidade, desiste, desiste...
E repetiam até doer a garganta, desiste, desiste...
Mas a senhora não desistiu, perdeu-se na luz simplesmente.
Juntou-se uma grande multidão expectante mas não silenciosa, medrosa contudo curiosa, muitas crianças brincavam indiferentes ao alarido elas sabem, como qualquer criança, que o que hoje alegra os adultos amanhã os entristece, o que hoje é uma verdade incontestável já amanhã é a mentira mais odiada, por isso brincam uma brincadeira hoje será sempre uma brincadeira, nunca passará de uma brincadeira.
As mulheres juntavam-se aos magotes iniciando a análise psiquiátrica da senhora valente;
-É louca, só pode ser louca. Nem os mais fortes homens se atrevem a passar da porta, como foi ela capaz de o fazer?
-Foi o desgosto. Retorquiu depressa outra.
-O marido não lhe dá descanso. Envia-a para o hospital dia sim dia não. Então desde que ela descobriu haver uma amante a chupar-lhes o dinheiro tem sido pancada de meia noite. Ainda por cima a pobre não pode ter filhos, é só desgraça. Desgraça atrás de desgraça...
Os homens atentos ouviam o desfraldar das desgraças alheias; que isto de conversar e bem conversar, sabem todos os homens ser terreno das mulheres, principalmente das emancipadas e tementes da triste solidão.
-Então o marido dela também aí está? E quem é a amante do gajo? Deve ser melhor da cabeça que a maluca da mulher!
A isto nenhuma mulher respondeu.
Em vez, quase em uníssono, espetam os indicadores aos homens atrevidos logo afirmando
-Vocês são todos iguais, ainda por cima deixam que seja uma mulher a passar a porta dos mil anos. Só pensam com os tomates o resto não vos serve de nada.
De repente fez-se silêncio, os homens e as mulheres calaram-se, as crianças pararam de brincar. O sossego fazia lembrar paz sem mais, simplesmente paz.
Uma brisa fresca começou a correr , vinha de onde nunca viera nada a não ser luz, e da casa já não vinha luz estava escura como a noite, escura como o coração de muitos humanos, escura como a pele de muitos humanos, escura como as mãos de muitos humanos.
Todos os que olhavam queriam exclamar algo mas estavam impávidos e assustados, os que mais próximos estavam da casa recuaram como se a escuridão pudesse engoli-los ou talvez até atraí-los, atraí-los para quê? Por isso recuaram.
Passaram-se três horas desde o escurecimento e ninguém se moveu, a multidão continuava calada e sem perceber porquê estavam incapazes de desistir para finalmente regressar às suas casas.
Não conseguiam mais do que sentar-se alguns, ou cruzarem os braços outros mas esperavam.
Até que o senhor político da terra se lembra de perguntar,
-E se ela sair dali ainda viva? Como é que a vamos receber? Será que conseguimos ter alguém ao nosso lado que viva mil anos? Não será melhor reunir uma sessão camarária para deliberar em conformidade?
Era uma vez uma casa pequena e confortável mínima defronte a um abraço mas superior perante uma despedida, as paredes ilusóriamente caiadas , o tecto de telha simples vermelha.
Em ambas as frentes um par de janelas e duas portas permanentemente abertas. Casa cheia de luz amarela e calor sufocante, cheiro a pinho liberto do íntimo e meigo chão de madeira.
Luz, oferta do sol. Este sempre do alto da sua glória teima em não se esconder, sempre luz, sempre quente, sempre presente.
A vista perde-se no campo de flores silvestres que no seu declive acentuado vai tombando sobre o "Lago dos Sonhos", água em tons de verde como a erva dos campos, cristalina e doce lembrando uma medusa em busca de caminho para percorrer,
calma como Buda sem reflexos na superfície da sua existência.
Só a imagem dos humanos se espelha na pureza destas águas temidas,
-Diz a lenda que quem no lago mergulhe mil anos de vida terrena lhe são concedidos sendo que a imagem desse alguém imediatamente desponta na superfície da água dos Sonhos fechando-lhe para sempre as portas do inferno.
Duas macieiras, uma laranjeira, um castanheiro e várias cerejeiras bordeavam o lago do lado oposto à casa, árvores já de idade mas com frutos sempre novos; anjos em figura de fruta como por lá se dizia.
No horizonte, defronte à apelativa casa, nascia o infinito vermelho do odiado inferno, lugar onde já todos os humanos nasciam proibidos de olhar, ninguém por mais protecção que trajasse resistiria à luz que a ele levava.
Como a lenda estava já com a idade da própria casa, dois mil anos de antiguidade, dois mil anos de expectativa, tinham sido muitos a aproximar-se da porta e tantos outros assomaram às janelas mas ninguém no seu perfeito juízo se atreveu a entrar, por mais que a porta se abrisse, por mais que as janelas se desfraldassem, humano algum entrava na busca dos mil anos a que tinha direito.
Os olhos podiam percorrer o interior da casa, podiam perder-se no tecto, podiam encontrar as paredes, mas todos se desviavam quando atrevidamente buscavam ir além do arvoredo, antes do atrevimento já estariam a ver o horizonte do inferno, gerava pânico, provocava temor.
Vede então, que numa manhã do lado da casa onde o sol se punha, para dar brilho e existência humana à companheira lua , uma senhora não mais nova que as casadas nem tão velha quanto as solteiras, se abeira da porta cuja luz ofuscava a da própria manhã, e com medo na alma mas coragem no coração, ultrapassa a barreira até aí intransponível do limiar da porta, desaparecendo de seguida engolida pela luz amarela e quente do sol egoísta.
Muitos semelhantes a viram, repreenderam, gritavam:
- Não entres que te come o inferno. Não feches os olhos ou caminhes de costas que é em vão, não tragas a desgraça e a dor à comunidade, desiste, desiste...
E repetiam até doer a garganta, desiste, desiste...
Mas a senhora não desistiu, perdeu-se na luz simplesmente.
Juntou-se uma grande multidão expectante mas não silenciosa, medrosa contudo curiosa, muitas crianças brincavam indiferentes ao alarido elas sabem, como qualquer criança, que o que hoje alegra os adultos amanhã os entristece, o que hoje é uma verdade incontestável já amanhã é a mentira mais odiada, por isso brincam uma brincadeira hoje será sempre uma brincadeira, nunca passará de uma brincadeira.
As mulheres juntavam-se aos magotes iniciando a análise psiquiátrica da senhora valente;
-É louca, só pode ser louca. Nem os mais fortes homens se atrevem a passar da porta, como foi ela capaz de o fazer?
-Foi o desgosto. Retorquiu depressa outra.
-O marido não lhe dá descanso. Envia-a para o hospital dia sim dia não. Então desde que ela descobriu haver uma amante a chupar-lhes o dinheiro tem sido pancada de meia noite. Ainda por cima a pobre não pode ter filhos, é só desgraça. Desgraça atrás de desgraça...
Os homens atentos ouviam o desfraldar das desgraças alheias; que isto de conversar e bem conversar, sabem todos os homens ser terreno das mulheres, principalmente das emancipadas e tementes da triste solidão.
-Então o marido dela também aí está? E quem é a amante do gajo? Deve ser melhor da cabeça que a maluca da mulher!
A isto nenhuma mulher respondeu.
Em vez, quase em uníssono, espetam os indicadores aos homens atrevidos logo afirmando
-Vocês são todos iguais, ainda por cima deixam que seja uma mulher a passar a porta dos mil anos. Só pensam com os tomates o resto não vos serve de nada.
De repente fez-se silêncio, os homens e as mulheres calaram-se, as crianças pararam de brincar. O sossego fazia lembrar paz sem mais, simplesmente paz.
Uma brisa fresca começou a correr , vinha de onde nunca viera nada a não ser luz, e da casa já não vinha luz estava escura como a noite, escura como o coração de muitos humanos, escura como a pele de muitos humanos, escura como as mãos de muitos humanos.
Todos os que olhavam queriam exclamar algo mas estavam impávidos e assustados, os que mais próximos estavam da casa recuaram como se a escuridão pudesse engoli-los ou talvez até atraí-los, atraí-los para quê? Por isso recuaram.
Passaram-se três horas desde o escurecimento e ninguém se moveu, a multidão continuava calada e sem perceber porquê estavam incapazes de desistir para finalmente regressar às suas casas.
Não conseguiam mais do que sentar-se alguns, ou cruzarem os braços outros mas esperavam.
Até que o senhor político da terra se lembra de perguntar,
-E se ela sair dali ainda viva? Como é que a vamos receber? Será que conseguimos ter alguém ao nosso lado que viva mil anos? Não será melhor reunir uma sessão camarária para deliberar em conformidade?
De repente já todos queriam falar,
-Já viram bem o dinheiro que ela pode acumular durante mil anos! Afirmava escandalizado o banqueiro da terra.
-E o que ela pode roubar. Haverá alguma prisão capaz de a manter longe do medo dos outros, por mil anos? Perguntava o Juiz.
-Haver há. Não existe é homens que a guardem tanto tempo. Só deus pode tomar conta do recado tanto tempo. Só deus pode, só deus pode...Respondeu o padre.
-Então o que fazer se ela sair? E se morrer como é que a vamos lá buscar? Pergunta Manuel, da funerária "Vá com Deus mas deixe cá o dinheiro".
Ficaram todos a olhar uns para os outros, principalmente para o Manuel mas sem capacidade de resposta.
As mulheres continuavam caladas, talvez à espera de uma afirmação ajustada ao que poderiam estar a pensar algo que se adequasse verdadeiramente ao presente e não à incerteza do momento, nenhuma disse nada, nem se mexeram.
As crianças puxavam pelos pais, cansadas, sem vontade de brincar. Umas diziam ter fome, outras vontade de penico, outras ainda diziam ter deveres a fazer pois a escola não é escola sem obrigações e responsabilidade, mas todas estavam chateadas, já não havia paciência para tanta expectativa, o mundo com tantas novidades e elas ali paradas a olhar para uma casa escura, sem graça, sem doces, sem som, sem alegria, ali não havia nada capaz de prender a atenção de criança alguma.
-Vamos para casa. Diz António, puxando a camisa do pai.
-Ê pá, está quieto se não levas; Aguenta mais um bocado. Respondem quase automaticamente a mãe e o pai do António.
-Como os adultos conseguem ser parecidos e chatos e parvos. - Pensou o António.
Mas aos poucos foram debandando do local até que só ficou um homem, de rosto sério, impávido como se estivesse naquela posição apenas à cinco minutos contudo despercebidamente estava lá desde o princípio sem dizer nada apenas de braços cruzados, aguardando um final conhecido?
Permaneceu assim de pé até quase noite cerrada.
Da casa começava a aparecer novamente luz, muito ténue de princípio, irrompendo em força solar pouco depois. Nestes poucos minutos iluminou-se igualmente o rosto do homem expectante, pessoa aparentando pouco mais de quarenta anos, com certeza agricultor pelo rosto marcado de rugas, criadas talvez por exposição ao sol dos extensos campos onde se trabalha de sol a sol e cuja protecção só existe para turista e não para quem vive do campo e dele retira o que o vai alimentar, ele ali estava sem mostrar sinais de cansaço, corpo largo mas não entregue à gordura de uma alimentação farta, uma altura mediana o que o tornava mais amigável, longe da desproporção longe de alguém o poder temer.
Eis que de repente uma silhueta se desenha na porta, a sombra se projecta pouco a pouco no chão que serve a casa e o homem que espera inicia então um tímido sorriso, sabia já que a mulher que entrara estava agora a sair, por incrível que isso nos possa parecer vinha sem nenhum arranhão. Vestia a roupa com que entrara só o cabelo estava diferente, em tudo o resto era a mesma, como se nunca se atrevesse, como se nunca deixara de ser unicamente a mulher violentada pelo marido, alvo das línguas que tudo dizem mas nada fazem, a mulher que sentiu o amor da forma que nunca quis vinha agora cheia de vida que nunca julgou possuir.
Para esta mulher coragem e com mil anos de vida pela frente olhava sorridente o homem incansável.
-Sabia que vencerias o horizonte que aos cobardes espera.
-Já viram bem o dinheiro que ela pode acumular durante mil anos! Afirmava escandalizado o banqueiro da terra.
-E o que ela pode roubar. Haverá alguma prisão capaz de a manter longe do medo dos outros, por mil anos? Perguntava o Juiz.
-Haver há. Não existe é homens que a guardem tanto tempo. Só deus pode tomar conta do recado tanto tempo. Só deus pode, só deus pode...Respondeu o padre.
-Então o que fazer se ela sair? E se morrer como é que a vamos lá buscar? Pergunta Manuel, da funerária "Vá com Deus mas deixe cá o dinheiro".
Ficaram todos a olhar uns para os outros, principalmente para o Manuel mas sem capacidade de resposta.
As mulheres continuavam caladas, talvez à espera de uma afirmação ajustada ao que poderiam estar a pensar algo que se adequasse verdadeiramente ao presente e não à incerteza do momento, nenhuma disse nada, nem se mexeram.
As crianças puxavam pelos pais, cansadas, sem vontade de brincar. Umas diziam ter fome, outras vontade de penico, outras ainda diziam ter deveres a fazer pois a escola não é escola sem obrigações e responsabilidade, mas todas estavam chateadas, já não havia paciência para tanta expectativa, o mundo com tantas novidades e elas ali paradas a olhar para uma casa escura, sem graça, sem doces, sem som, sem alegria, ali não havia nada capaz de prender a atenção de criança alguma.
-Vamos para casa. Diz António, puxando a camisa do pai.
-Ê pá, está quieto se não levas; Aguenta mais um bocado. Respondem quase automaticamente a mãe e o pai do António.
-Como os adultos conseguem ser parecidos e chatos e parvos. - Pensou o António.
Mas aos poucos foram debandando do local até que só ficou um homem, de rosto sério, impávido como se estivesse naquela posição apenas à cinco minutos contudo despercebidamente estava lá desde o princípio sem dizer nada apenas de braços cruzados, aguardando um final conhecido?
Permaneceu assim de pé até quase noite cerrada.
Da casa começava a aparecer novamente luz, muito ténue de princípio, irrompendo em força solar pouco depois. Nestes poucos minutos iluminou-se igualmente o rosto do homem expectante, pessoa aparentando pouco mais de quarenta anos, com certeza agricultor pelo rosto marcado de rugas, criadas talvez por exposição ao sol dos extensos campos onde se trabalha de sol a sol e cuja protecção só existe para turista e não para quem vive do campo e dele retira o que o vai alimentar, ele ali estava sem mostrar sinais de cansaço, corpo largo mas não entregue à gordura de uma alimentação farta, uma altura mediana o que o tornava mais amigável, longe da desproporção longe de alguém o poder temer.
Eis que de repente uma silhueta se desenha na porta, a sombra se projecta pouco a pouco no chão que serve a casa e o homem que espera inicia então um tímido sorriso, sabia já que a mulher que entrara estava agora a sair, por incrível que isso nos possa parecer vinha sem nenhum arranhão. Vestia a roupa com que entrara só o cabelo estava diferente, em tudo o resto era a mesma, como se nunca se atrevesse, como se nunca deixara de ser unicamente a mulher violentada pelo marido, alvo das línguas que tudo dizem mas nada fazem, a mulher que sentiu o amor da forma que nunca quis vinha agora cheia de vida que nunca julgou possuir.
Para esta mulher coragem e com mil anos de vida pela frente olhava sorridente o homem incansável.
-Sabia que vencerias o horizonte que aos cobardes espera.
Eu também entrei na casa e mergulhei no lago, aguardei duzentos anos por alguém capaz de fazer o mesmo e só tu tiveste a audácia de o fazer.
Não demoremos, devemos partir porque os humanos e comuns mortais só entendem a linguagem da morte, nunca aceitarão que um homem ou uma mulher saiam do lago dos sonhos vivos.
A mulher olhou para o homem enquanto este se explicava, parecia assustada mas agora nada temia...
- estendeu-lhe a mão e de mão dada partiram.
Longe de quem tem medo de sonhar. Longe de quem tem medo de amar.
A mulher olhou para o homem enquanto este se explicava, parecia assustada mas agora nada temia...
- estendeu-lhe a mão e de mão dada partiram.
Longe de quem tem medo de sonhar. Longe de quem tem medo de amar.
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